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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Quem somos nós se não podemos ser úteis aos outros?


Alguém poderia me dizer?!?


Nada melhor do que nos encontrarmos, acharmos nossa felicidade ao nos perder em benefício dos outros. Sou estudante de enfermagem e carrego esse lema comigo. Talvez seja por isso que sou estudante desta tão linda profissão. Mas enfim, quero dizer que ajudar alguém que precisa é mais do que um lindo gesto de gentileza e educação. Ajudar quem precisa é uma forma de satisfação própria ao provar que somos bons cidadãos, e que pensamos no próximo com carinho, por mais que tenhamos sofrido e que venhamos a sofrer por culpa de próximos. Quando estou triste tenho vontade de desaparecer, me acho uma pessoa sem utilidade, então me pergunto: “- por que estou aqui”? Depois de alguns minutos em que paro e penso na vida a primeira coisa que me lembro são dos meus melhores amigos, que não cabe serem citados aqui, na minha família, nas conquistas que tive e nas pessoas que já deixei feliz. Então vejo que sou útil sim, e com certeza sou importante para algumas pessoas. Alguém sempre vai lembrar-se de mim. Não tenho dúvidas! Depois de pensar nisso tudo, a primeira coisa que faço é ir em busca de alguém que precise de ajuda. Dou um abraço nela, lhe faço um elogio e tento ser útil pra gerar felicidade a ela, pois isso é como "viver em simbiose", ou seja, em harmonia. Biologicamente falando é a associação permanente de dois ou mais seres vivos, indispensável pelo menos a um deles, e útil ou indiferente a outro. Nesse caso, é bom pra ela que ficará feliz, pois alguém se lembrou dela, e pra mim que "morro" de felicidade ao ver alguém feliz, principalmente por minha intervenção.

Esses dias eu estava no ônibus indo pra faculdade. Sempre me sento ao lado da porta pra evitar que na saída tenha que esbarrar em todo mundo que fica no corredor, pois além de desconfortável pra mim sempre tem um que reclama, e um que se aproveita. Observava a paisagem das ruas, via várias pessoas subindo no mesmo ônibus que eu estava, assim como vi também várias que desciam dele. E presenciei um ato de bom cidadão, meia idade, negro e com um filho ou neto consigo. Uma moça havia se sentado no banco em frente ao meu. Ela estava equipada de muitos cadernos e livros. Era uma papelada imensa! Devia estar estudando, mas não sei, não olhei muito pra ela. Só sei que ao deixar um de seus papéis cair e voar até a porta do veículo em que estávamos o bom homem olhou e fez um gesto de ir pegar o tal papel para entregá-lo a ela. Ela respondeu o gesto, e o incrível que é foram só olhares dos dois, dizendo que ele não precisa se incomodar com isso. O bom cidadão bem que tentou mais uma vez, mas a moça continuou agradecida e disse para que ele “esquecesse”. Sensibilizei-me muito com o fato! Fiquei feliz por ver alguém que faria a mesma coisa que eu. Afinal, são poucos que se importam realmente com o próximo.
Quando fui descer do ônibus, na verdade uma parada antes eu pensei: - com abrir das portas esse papel vai voar e eu posso muito bem ignorá-lo e ignorar o valor que ele tem pra moça.
Esse dia estava sendo um dia ruim pra mim, de fato, por isso esse pensamento egoísta em minha mente, mas ainda antes de descer pensei nas minhas “raízes”. Sou uma pessoa boa, o que vai me custar me abaixar, e entregar o papel pra moça? Ainda que eu possa receber um sorriso dela. Por que não?! Foi o que fiz, e desci na minha parada, com muito mais felicidade que aquele dia com certeza iria me proporcionar.

Boa semana à todos e ajudem quanto mais pessoas puderem. Certamente irão notar uma boa diferença na vida.

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